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19 de Abril de 2024

Pela primeira vez, STF reconhece direito de adoção por casais homossexuais

Documento assinado pela ministra Carmen Lúcia diz que "a Constituição Federal não faz a menor diferenciação" entre casais heterossexuais e homoafetivos

Publicado por Moema Fiuza
há 9 anos

Pela primeira vez STF reconhece direito de adoo por casais homossexuais

Em uma decisão histórica e inédita, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu o direito de um casal homossexual de adotar uma criança. É a primeira vez que o STF se posiciona favoravelmente sobre o assunto. O acórdão, referente à decisão de 5 de março, foi publicado apenas nesta quinta-feira - e fez com que os mineiros Toni Reis e David Harrad saíssem imediatamente para comemorar.

– Estamos felizes demais com essa decisão da ministra, que, de uma vez por todas, dá fim à discussão. Nós somos uma família, sim – comemora Toni, professor de 50 anos, casado com o tradutor David há 25 anos.

De acordo com a jurista Maria Berenice Dias, integrante do Instituto Nacional de Direito de Família, a posição do STF se destaca por abrir um precedente que deve ser levado em consideração nos próximos processos sobre o mesmo assunto – jurisprudência vinculante, nos termos técnicos.

– Isso é importante, principalmente num momento em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tenta desencavar de maneira retrógrada o projeto do Estatuto da Família. Eu espero que refreie essa tendência conservadora. A adoção já vem sendo admitida, juízes têm habilitado casais homossexuais a adotar, mas a Corte Suprema ainda não havia se manifestado. E o Supremo é o Supremo. Estabelece uma jurisprudência que acaba sendo vinculante – avalia jurista, conhecida por defender os direitos dos homossexuais.

O último grande passo da justiça brasileira nos direitos homossexuais foi dado em 2011, quando o STF julgou a legalidade da união estável entre duas pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, com direitos e deveres iguais aos da união estável heterossexual. Como a Constituição prevê a conversão da união estável em casamento, abriu-se a possibilidade de consolidação do casamento gay. Em 2006, o Tribunal de Justiça gaúcho já havia admitido a adoção por duas pessoas do mesmo sexo, o que foi confirmado pelo STJ só em 2010.

O processo de Toni e David corre desde 2005. Desde lá, os dois passaram por uma série de tribunais, gastaram em advogados, viajaram a Brasília, conversaram com juristas influentes e acabaram chegando ao STF. Em primeira instância, ainda no Paraná, tiveram concedido o direito de adotar uma criança do sexo oposto e com mais do que 12 anos. Acharam as restrições preconceituosas e recorreram ao Tribunal de Justiça, que derrubou o limite mínimo de idade, mas acabou sendo barrado pelo Ministério Público, que embargou a decisão. Foram, então, ao Supremo Tribunal de Justiça, onde o processo ficou engavetado por cinco anos.

Acabaram chegando, enfim, ao STF, onde tiveram, enfim, o direito garantido. Agora, podem escolher a criança que quiserem – ainda que isso não deva ser necessário. Toni e David já têm três filhos: Alysson, 14 anos, Jéssica, 11 anos, e Filipe, nove anos. Eles foram adotados nesse vai e volta nos tribunais, após processos que correram no Rio de Janeiro, sob o comando da juíza Mônica Labuto.

– Agora, fizemos ligação de trompas. A gente até adotaria mais, porque coração de pai é como coração de mãe, sempre cabe mais um. Mas, até por causa da questão financeira, agora chega – brinca o professor.

Ao atender à ligação da reportagem, Toni já foi avisando que estava em uma mesa de bar cercado de amigos, todos comemorando a conquista do casal. Mais tarde, iria se encontrar com o marido, buscar Jéssica no balé, Filipe no futebol e Allyson no natação. Todos rumariam para uma pizzaria ali perto, para celebrar. Nos próximos dias, o casal deve celebrar os 25 anos de união. A mestre de cerimônias será Maria Berenice.

– Tudo isso é muito importante para que a gente se sinta cidadão por completo, e não pela metade. É bacana ser reconhecido pelo Estado, porque somos vistos como algo tão errado, que não pode, que não existe... A única coisa que a gente quer é ser feliz. Já estávamos sendo, mesmo sem permissão. Agora, com o STF do nosso lado, quero ver quem vai ser contra. Porque uma coisa é certa: nós somos uma família, querendo ou não – diz, enquanto o barulho da comemoração ao fundo vai crescendo.


Leia na íntegra a decisão do Supremo Tribunal Federal que garante o direito de adoção a Toni Reis e David Harrad, publicado em 19 de março de 2015:

A Constituição Federal não faz a menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao rés dos fatos. Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva. Por isso que, sem nenhuma ginástica mental ou alquimia interpretativa, dá para compreender que a nossa Magna Carta não emprestou ao substantivo “família” nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. Recolheu-o com o sentido coloquial praticamente aberto que sempre portou como realidade do mundo do ser. Assim como dá para inferir que, quanto maior o número dos espaços doméstica e autonomamente estruturados, maior a possibilidade de efetiva colaboração entre esses núcleos familiares, o Estado e a sociedade, na perspectiva do cumprimento de conjugados deveres que são funções essenciais à plenificação da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho. Isso numa projeção exógena ou extramuros domésticos, porque, endogenamente ou interna corporis, os beneficiários imediatos dessa multiplicação de unidades familiares são os seus originários formadores, parentes e agregados. Incluído nestas duas últimas categorias dos parentes e agregados o contingente das crianças, dos adolescentes e dos idosos. Também eles, crianças, adolescentes e idosos, tanto mais protegidos quanto partícipes dessa vida em comunhão que é, por natureza, a família. Sabido que lugar de crianças e adolescentes não é propriamente o orfanato, menos ainda a rua, a sarjeta, ou os guetos da prostituição infantil e do consumo de entorpecentes e drogas afins. Tanto quanto o espaço de vida ideal para os idosos não são os albergues ou asilos públicos, muito menos o relento ou os bancos de jardim em que levas e levas de seres humanos abandonados despejam suas últimas sobras de gente. Mas o comunitário ambiente da própria família. Tudo conforme os expressos dizeres dos artigos 227 e 229 da Constituição, este último alusivo às pessoas idosas, e, aquele, pertinente às crianças e aos adolescentes.

Assim interpretando por forma não-reducionista o conceito de família, penso que este STF fará o que lhe compete: manter a Constituição na posse do seu fundamental atributo da coerência, pois o conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico. Quando o certo – data vênia de opinião divergente – é extrair do sistema de comandos da Constituição os encadeados juízos que precedentemente verbalizamos, agora arrematados com a proposição de que a isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Entendida esta, no âmbito das duas tipologias de sujeitos jurídicos, como um núcleo doméstico independente de qualquer outro e constituído, em regra, com as mesmas notas factuais da visibilidade, continuidade e durabilidade."


Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vidaeestilo/noticia/2015/03/pela-primeira-vez-stf-reconhece-direito-de...

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256 Comentários

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Esse era um tema que eu não conseguia enfrentar.
Ficava me perguntando o impacto na formação da criança.
Até que um belo dia, conversei com alguém que viveu grande parta da vida em um orfanato. O depoimento dele, fez meu ponto de vista mudar e deixar de lado qualquer outra implicação.

"nada na vida é pior do que vir ao mundo e ser negado por quem te gerou, NADA. Ser criado como rejeito social, como abandonado e em condições precárias é uma experiência que ser humano nenhum deveria passar, tampouco uma criança."

Diante disto eu pergunto: Será tão nocivo assim ser criado por um casal homoafetivo que esta disposto a te dar amor, educação carinho, a dizer que te quer bem? Será que é melhor ser criado em um orfanato da vida ou ser criado por alguém que quer te dar amor e condições de cidadania.

O que nos define não é nossa escolha sexual mas sim nosso caráter e nossas escolhas como seres humanos.

Parabéns STF por legitimar esse direito a pessoas que estão dispostas a dar amor ao seu semelhante. continuar lendo

Mereceu meu voto. Penso o mesmo mas infelizmente, tem pessoas que colocam convicções e crenças pessoais, acima do sofrimento humano descrito por vc.

Minha luta é contra essa gente. Não contra a fé. continuar lendo

Compartilhei a maravilhosa decisão e citei sua última frase:
"Parabéns STF por legitimar esse direito a pessoas que estão dispostas a dar amor ao seu semelhante."
Muito bem colocado. continuar lendo

Henrique a seguir seu raciocínio, não podemos ser contra os traficantes do morro, porque ao conversar com uma moradora do morro, ela disse que os traficantes dão cestas básicas aos moradores, presentes no natal para as crianças, fazem até shows de graça para a comunidade, etc. Então os traficantes fazem bem a comunidade, não podemos ser contra porque estão dando amor ao próximo.
Ao meu ver quando o homossexual decide casar com outra pessoa do mesmo sexo, está querendo dizer que o modelo de família tradicional (Homem e Mulher) não é o correto e nem certo. Logo penso que eles (homossexuais) devem viver a vida deles, desfrutando do que essa vida que eles querem, lhes oferece.
"Filhos" são frutos de casais heterossexuais e não de pares homossexuais.
Porque eles querem o fruto de algo que eles abominam que é a família tradicional?
Lamentável a decisão do STF.
Onde vamos parar?
1970 - divórcio era inaceitável - hoje normal
1970 - drogas era crime - hoje normal
1990 - homossexualidade era uma afronta - Hoje é obrigatório ser gay.
2015 - a pedofilia é crime - daqui 5,10 anos será normal...porque o que importa é o prazer... 95% dos homossexuais tiveram relações com adulto enquanto crianças (pedofilia)...

vamos esperar daqui alguns anos voltemos aqui para falar a respeito do resultado dessa adoção por parte dos homossexuais.
Você apoia, porque não é você que vai conviver com dois barbados se pegando no sofá de casa.. continuar lendo

"1990 - homossexualidade era uma afronta - Hoje é obrigatório ser gay."

Segura esse teu ímpeto campeao. continuar lendo

Engraçado, para adotar três crianças fiquei quase dois anos (e isso com todo o aparato: advogada, ongs, cursos especialmente para o caso, psicólogos, etc, etc, etc). Aposto que eles não enfrentaram esse inferno que enfrentei. Mais: há casais e mais casais na fila para adotar, e não o inverso. Graças à incompetência do judiciário. Podes ter outra razão. E certamente não é o sofrimento humano. Ele existe por: corrupção, escolha das próprias pessoas (por que existem crianças nas casas-lares? Digo-vos: bolsa isso, bolsa aquilo MENOS bolsa planejamento-familiar, bolsa-educação). Julgo mais uma decisão completamente desacertada. Cada pode fazer sua escolha (livre-arbítrio) mas escolher também as consequências dessa escolha, aí já é anti-natural. continuar lendo

Leonan Martins, e outras o prazer.
Sobre a adoção: Após entrar com pedido de adoção de três crianças (eram irmãos) já há dois anos e meio em casas-lares, fiquei na fila dois anos. E usei todo o aparado burocrático: cursos, advogada, psicólogos, testes, ongs, etc, etc. Nada demoveu a mastodontice do judiciário. Aposto que os referidos não passaram por esse inferno. Fila existe para pais adotivos e não o contrário como se pensa. E mais, se existem tantas casas-lares é por excesso de bolsa isso, bolsa aquilo e absoluta falta de bolsa-planejamento familiar, bolsa-educação. Faz-se filhos e joga-se na rua e nada acontece. Aliás acontece: panem et circenses. Responsabiliza-se jogar lixo na rua, não responsabiliza-se jogar crianças na rua. Aliás: o contrário, vai-se à procura dos genitores, prodigamente, dando-lhes inúmeras chances, enquanto isso as crianças ficam em lares. Não me venha com questões de dar amor, não é assim. Combata a causa não a consequência. Mais: todos tem o livre-arbítrio. Podem fazer a escolha que quiserem, porém, facultar-se que escolham também quais as consequências que querem, aí já é anti-natural. continuar lendo

Ernani, gostaria de saber a fonte desses "95% de homossexuais que tiveram relações com adultos na infância".

No mais, concordo com sua opinião.

Ser homossexual é normal mas não comum.

Não concordo com homofobia, mas a meu ver eles buscam uma igualdade que jamais existirá.

Os extremismos continuam a destruir o debate necessário ara enfrentar essa matéria. continuar lendo

Pergunta ? Já que existe fila de pessoas heterossexuais para adoção, será que os homossexuais terão prioridade, possivelmente que sim, para afronta das coisas normais ! continuar lendo

Irani e Wilson: segundo a matéria, o casal está no processo de adoção desde 2005. Portanto, não há como dizer que o casal teve qualquer tipo de facilitação por ser homoafetivo. Pelo contrário: podemos dizer que foi brutalmente discriminado, e que as crianças foram submetidas a sofrimento desnecessário somente devido a um preconceito.
Ernani, seria interessante você ler o que escreveu, com a cabeça no lugar. Não há uma única linha no seu comentário que faça sentido. Talvez seja bom reler a matéria e pesquisar um pouco sobre homossexualidade e leis. continuar lendo

Perfeitos seus comentários. Disse tudo que eu ia comentar.
Ernani Rodrigues da Silva Filho, não sei onde você mora, mas aqui onde estou ninguém é obrigado a ser gay, eu continuo hétero, casado com uma mulher e feliz.
Se tem alguém te obrigando a ser gay procure a polícia, salvo engano isso é estupro. continuar lendo

É bem verdade que não se trata de uma família convencional. Mas concordo que se a criança vai estar protegida e criada com amor e ter todos os recursos necessários para o seu desenvolvimento, será bem melhor do que estar abandonada e sujeita a tantos outros problemas. Quantas crianças vivem em um lar com pai e mãe e são vítimas de violências e atrocidades. continuar lendo

Estava a fim de ler umas asneiras e caí no comentário do Ernani Rodrigues. continuar lendo

Ernani Rodrigues da Silva Filho, a única coisa que posso falar a respeito do seu comentário, é que lamento pelo seu posicionamento e limitação.
Espero que lendo um pouco mais e buscando informações concretas, possa desenvolver-se como ser humano.

Irani Trentin, pelo seu comentário, já deu pra perceber que não teve nem o cuidado de olhar a data do processo. Sendo assim, não vou argumentar nada continuar lendo

Emerson, se bem li, eles estavam com as crianças. Ora, então não estavam em processo de adoção. Ou as sequestraram? Pelo que entendi, o que não lhes foi ágil, foi a decisão do STF. Se este deveria decidir, como estavam com as crianças? Estavam irregulares? E nada lhes ocorreu. A lei, portanto, não lhes foi pesada. O fato existia. Se tal ocorresse a qualquer outro mortal, seria 'adoção a brasileira' ou 'falsidade ideológica'. Tirar-lhe-iam as crianças à força. Não ocorreu tal com os tais. continuar lendo

Estou até agora esperando algum argumento daqueles que são contra a adoção por casais homoafetivos, que não envolvam a posição da Igreja ou a posição pessoal de cada um. continuar lendo

Olá, Rodrigo Meireles.

Sua posição pessoal sobre o assunto é diferente de sua posição objetiva/técnica sobre tal adoção? continuar lendo

Rodrigo Meireles. Sobre argumento.
Tanto a posição pessoal como a da Igreja, é uma posição. Porventura a posição da Juíza não é uma posição pessoal? Não? Por que? Não fez ela interpretação (pessoal) da Constituição? Ora quando fêz-se a CF, a definição de família, casal, era clara. (Veja: dicionários, enciclopédias, fatos históricos, até então. Para a época defini-la era o mesmo que a CF ter que definir homem. Dizem que para os gregos antigos era ‘normal’ o homem ter um moço. Se bem me lembro Sócrates foi condenado à morte pelas leis gregas. Um dos motivos: Callias, um amigo seu, corrompe o filho de Lícon). Portanto pessoal e parcial é a interpretação da juíza (não foi corajosa, pelo contrário, foi política). Leu um texto de 1988 com olhares de 2015. Erro crasso. Tudo muda, concordo. E não concordo. Princípios não deveriam mudar porque são essência do ser humano. E família é essência do ser humano: pai, mãe e filhos. Não reconheço outro modelo. Se o reconhecesse, condenaria a humanidade à extinção (às vezes até inclino-me a isso, por ver como defende seus comportamentos: erros, todos cometemos, mas defende-los ultrapassa os princípios, a essência).
Diga-me, o homem é o limite de tudo? Então: culturas queimam seus filhos aos deuses? Terás que defendê-las, aceitá-las como corretas. Escravidão? O mesmo. Culturas que matam homossexuais? Teu veredito: corretas. Pois para ti o homem é o limite, é o padrão de comportamento. Somos ruins, egoístas, parciais. Se formos a medida das ações, o que será da humanidade, do relacionamento forte/fraco?
Rodrigo Meireles, pela história da humanidade, pelos ensinos bíblicos, suas profecias, digo-te: ou o homem caminha os caminhos da Vida aí descritos (que não são pesados, mas de paz e amor) ou não terá paz interna, e com ela a segurança e com ela a felicidade. O amor constrói. Não a paixão. continuar lendo

Irani, as crianças não estavam com eles irregularmente. Houve os devidos processos. Veja este trecho da matéria:
"Toni e David já têm três filhos... Eles foram adotados nesse vai e volta nos tribunais, após processos que correram no Rio de Janeiro..."
Por "vai e volta nos tribunais", já imagino uma via sacra. Se já é difícil para heterossexuais, imagine para homossexuais.
Sobre sua resposta ao Rodrigo:
A posição da juíza não foi pessoal, nem parcial, nem política. Foi jurídica, amparada pelo bom senso. A constituição diz claramente que todos são iguais perante a lei. Logo, não se poderia negar a adoção se baseando na sexualidade dos adotantes, pois, como a juíza corretamente observou, "o conceito contrário implicaria forçar o nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico", o que é inadmissível.
Não reconhecer outros modelos de família que não o heterossexual é, esta sim, uma posição pessoal. Como outros preconceitos, não é um princípio imutável - antes, um princípio cuja mudança é necessária. Marginalizar o diferente é o que ameaça a humanidade de extinção, e não a mera existência do diferente.
Li novamente o comentário do Rodrigo e não achei a parte em que ele sugere que o homem é o limite de tudo e que tenhamos de aceitar qualquer comportamento. Não se trata disso, nem de longe. Homossexualidade é uma condição pessoal, que não diz respeito nem a mim nem a você. Sacrificar crianças é uma agressão ao próximo. O que está em jogo é aceitar o diferente, o que é condição essencial para a paz. continuar lendo

E a pergunta que não quer calar continua:

Rodrigo Meireles.

Sua posição pessoal sobre o assunto é diferente de sua posição objetiva/técnica sobre tal adoção? continuar lendo

Erenani Rodrigues da Silva Filho.

Comparar casais homoafetivos à traficantes é infeliz da sua parte. Respeito sua opinião, mas acho que é preconceito disfarçado de opinião. A sociedade evolui e o direito tem por obrigação acompanhar essa evolução. Pega leve, comentário infeliz, ignorante, recheado de preconceito e pensamento arcaico. Mas de toda forma, ainda é melhor ler isso do que ser cego. continuar lendo

Ernani Rodrigues da Silva Filho, lembre-se apenas de uma coisa: os homossexuais adotam o que os casais heterossexuais jogaram fora.

Amor, carinho, respeito, educação, nada tem a ver com orientação sexual. Não cuspa sua homofobia por aí. Preconceito não leva ninguém a lugar algum. continuar lendo

Henrique, vc conhece a história do pinto que mamou na gata? pois é, faltava-se um modelo alado pra que ele pudesse se identificar. Assim, cresceu pensando que era apenas um gato porque nasceu gato. Não confunda caráter com personalidade. São coisas diferentes. continuar lendo

Delícia de notícia! É pra frente que se anda, humanidade!

Homofóbicos de todo o Brasil: Let`s begin the mimimi continuar lendo

Prezado, com todo respeito lembro que os homofóbicos devem ser reprovados, sim, porém, nem todos que possuem opinião diferente deve ser considerados homofóbicos, pois, direito de discordar ou concordar com qualquer coisa é um direito inalienável. continuar lendo

Exatamente, Michael, por isto eu falei dos homofóbicos. ;) continuar lendo

Até porque ter opinião contrária e incitar o ódio e a intolerância são coisas totalmente diferentes, Michael. continuar lendo

Mas atualmente no Brasil quem discorda é taxado de homofóbico, mesmo que não incite o ódio ou a discriminação, isso é claro e evidente, não vamos tapar o sol com a peneira. É imensa a engenhosidade da mídia e dos pseudo intelectuais desse país quando esse é o assunto. Sobre o tema abordado, se é legal que eles adotem os filhos que são fruto de relações heterossexuais. Eles existem, não existem? continuar lendo

Na fundação da cidade de Assunção pelos espanhóis, os guaranis homens eram mortos e os invasores espanhóis possuíam o direito de dispor de quantas índias guaranis quisessem, fazendo-as suas concubinas, assim como da quantidade de filhos.

Muitas vezes, para cada homem espanhol destinava-se o número de 40 índias guaranis, chegando o comandante dos espanhóis, Domingo Martínez de Irala, a conviver com 70 índias. Com isso, nasceram muitos filhos mestiços que mais adiante no tempo, em conjunto com invasores, aniquilaram as tribos.

É de notório saber que o futuro é apenas o resultado das ações passadas e presentes; e dessa forma, deve ser citado o excepcional filme "O Gladiador", quando em invasão aos bárbaros, o comandante romano (espanhol) grita: - Os atos praticados em vida, repercutem pela eternidade.

Portanto, Sua Excelência acaba de decretar o futuro da entidade familiar constitucional e da nação brasileira. Andar para frente, passa pela aceitação, respeito e convivência saudável social, mas nunca o decreto de morte pela extinção da espécie nativa no futuro próximo. Os pais são os principais, e talvez único, modelo e exemplo de comportamentos e atitudes, com enorme poder de influência sobre os filhos! continuar lendo

É pra frente que se anda e não é pra trás que se reproduz. continuar lendo

Quando se está à beira de um precipício, a melhor maneira de avançar é dar dois passos para trás.
Sempre ouvi falar da luta pela liberdade, pela igualdade e um monte de coisas parecidas e em nome da tal liberdade e modernidade, muitas consequências desastrosas vêm se amontoando em nossa sociedade e todo mundo fica olhando calado e de braços cruzados em nome do “não preconceito” e a coisa vai de mal a pior e uma minoria que quer ver o circo pegar fogo para não se sentirem discriminados por suas escolhas, ficam reinventando uma roda quadrada e dizendo que ela é moderna e é a melhor escolha da sua vida e que todos deveriam usar para serem felizes e sofisticados.
Só quero lembrar que a grande maioria das crianças abandonadas vieram de mães solteiras:
” Segundo Freston e Freston (1994), o perfil predominante da mãe que abandona no Brasil é de uma mulher solteira, de mais de 20 anos, de educação primária incompleta, com trabalho incerto, sem fontes maiores de sustento familiar e que engravida de uma relação eventual sem compromisso estável.”
http://www.nac.ufpr.br/artigos_do_site/2008_O_que_leva_uma_mae_a_abandonar_um_filho.pdf

E que em nome da tal liberdade começaram uma vida sexual fora do tempo e de uma estrutura familiar (casamento), e se envolveram em relações sexuais casuais sem o menor envolvimento afetivo (graças a tal liberdade) e engravidaram e posteriormente abandonaram (deixaram para adoção) seu filho não planejado e nem desejado. Atitude que os tais fundamentalistas religiosos do cristianismo conceituam como pecado (fornicação) assim como o adultério, o divórcio e muitas outras praticas que levaram a nossa sociedade ao caos moral e social.
Penso então que se voltássemos a sermos mais “caretas ou conservadores”, naqueles tempos em que ser “moça era honrado”, onde divórcio era um escândalo, onde se pedia a bênção a pai , mãe e aos mais velhos, bem como muitos outros bons costumes que perdemos em nome da modernidade , liberdade e avanço cultural “libertinagem”, não teríamos a dissolução familiar que é a mãe de tantos problemas sociais e de tantas crianças abandonadas, e o pouco que ainda tivéssemos, seriam provavelmente adotadas por casais com problemas de fertilidade.
Tive o privilégio de ter tido um pai e uma mãe e não tem como eu negar que foi o melhor para minha vida, mesmo com todas a falhas que meus pais tinham, não abriria mão de nenhum deles, em cada situação da minha vida, em cada ensinamento que cada um ou ambos me passavam, por isso não tem como eu aceitar que é a mesma coisa que ser criado por dois pais ou duas mães, nem sei como definir. Não estou sendo mal agradecido com os padrastos, madrastas, tios, avós, irmãos mais velhos cuidadores ou qualquer um que tenha cuidado de uma criança, só quero dizer que foi maravilhoso ter tido um pai e uma mãe e se alguém quiser ser contencioso quanto a isso, me diga de qual deles abriria mão. continuar lendo

o reconhecimento do Direito pelo STF foi tão importante, quanto a decisão da suprema corte americana quando estabeleceu que os negros deveriam ser aceito nas mesmas escolas do que os brancos, na época a maioria da população.era contra, mas mesmo assim o Direito foi mantido e imposto pela justiça americana, ou seja, a história prova que decisões judiciais justas, também ajudam a moldar uma sociedade melhor. continuar lendo

ótimo ponto a ser lembrado. continuar lendo

Colega, não vejo relação alguma entre uma coisa e outra. Que mal pode sofrer uma criança se for adotada por um casal (homem e mulher) de negros? Absolutamente nenhum mal. A cor da pelé nem "pegar" pega. Ao passo que a conduta homossexual pode "pegar", porque o homem é influenciado pelo meio em que vive, sem nenhuma dúvida. É até possível que isso não ocorra, porque há outros fatores que influenciam a formação do caráter, inclusive as tendências genéticas e espirituais. Mas... continuar lendo

Edison, com certeza o homem é influenciado pelo meio. Mas que má influência uma criança pode sofrer especificamente pelos pais serem homossexuais? continuar lendo

Também to querendo entender que más influências são essas. Pode nos dizer, Edison????? continuar lendo

Edison, me desculpe, mas orientação sexual é algo que sobrepõe o nosso ser cultural, é algo biológico e instintivo, estude e perceba que no meio animal em geral existe a homossexualidade e estudos já comprovam, ainda que muitos questionem, que a orientação sexual é mentalmente programada no desenvolvimento cerebral ainda na fase fetal, níveis anômalos de certos hormônios como a testosterona, pode causar programações mentais distintas no campo do comportamento e/ou da sexualidade. Creio que essa explicação é muito mais cabível do que a idéia de que somos influenciados sexualmente pelo meio em que vivemos, já que filhos homossexuais nascem em famílias com base parental heterossexual, e muitos filhos criados por pais homoafetivos tem sua própria sexualidade, por mais que você pense que a sexualidade pode ser influenciada, os estudos provam que não. Tiro uma base por mim, fui criado somente pela minha mãe, ainda sim sou heterossexual, eu jamais trocaria minha orientação sexual, de jeito nenhum, é incabível no meu cérebro, e é exatamente o mesmo relato que fazem os homossexuais, eles não escolheram a orientação sexual. ela nasce com a pessoa, até mesmo os bissexuais, apesar de tolerar o sexo com os doi gêneros, ainda sim tem seu gênero sexual preferido e predominante. Outros países, já conhecendo os estudos sobre a orientação sexual e sua formação, que mencionei de forma superficial, já garantiram aos casais homoafetivos o direito de adotar criaças e retirá-las da condição de abandono familiar, com resultados práticos 100% positivos.
Edison, a maior bênção que Deus nos deu, é a ciência, oriunda da nossa poder de observação e de transformação, desconsiderá-la é desdenhar do nosso mais precioso bem. continuar lendo

Não sou gay, mas como diz ``sei lá quem´´-casal gay adota filho abandonado por casal hétero- né....!!!!!!! continuar lendo

Gostei meu caro Gabriel Costa
Alguns Ministros do STF aprovam tudo, agora. Qualquer coisa vale. continuar lendo

Tem gente que ainda tacha a homossexualidade de doença. Escreve, escreve e escreve e não diz nada. Casais homossexuais são felizes, tem direito a ter expectativas de viver em família, com despeito ao preconceito alheio. continuar lendo

John, normal é fazer filho e abandonar por aí, neh? E tem mais, reportei seu comentário desrespeitoso. Aberração creio que seja sua falta de raciocínio. continuar lendo

Uma relação sexual fortuita e irresponsável não pode ser chamada de relação entre casal e sim de "par", como as dos cães, na rua. Então, quem abandona um filho é porque não tem amor, não tem qualquer sanidade mental, são feras errantes. esses seres humanos passaram de humanos para esse tipo de fera. Se você é hétero, porque não adota uma criança? Essa foi a brecha encontrada pelo movimento homossexual para legitimar suas exigências para se autodenominar de "família". Não sou contra a adoção, mas a motivação está erradamente velada. continuar lendo

Nobre colega John Antonony, desrespeitoso seu comentário, a forma jocosa como coloca sua posição está carregada de falta de respeito. Reportei seus dois comentários. Ser contra é diferente de falta de respeito, então repense as palavras que despeja na rede. continuar lendo

Vivemos a verdadeira ditadura do politicamente correto, ninguém tem mais direito de discordar. Tempos de hipocrisia. continuar lendo