Estrangeiros poderão adotar crianças no Brasil, decide CNJ
Decisão também vale para brasileiros que moram fora e deve aumentar número de adoções.
O Plenário do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou, nesta segunda-feira (24), a inclusão de estrangeiros — e brasileiros que moram no exterior — no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). Para tanto, eles precisam apenas estar habilitados em algum nos tribunal de justiça estadual. A proposta aprovada altera a Resolução CNJ nº 54/2008, que criou o CNA, e aumenta a visibilidade dos pretendentes que moram no exterior no procedimento de adoção internacional.
Para os conselheiros do CNJ, a inclusão dos pretendentes estrangeiros deve aumentar o número de adoções. Dados do CNA revelam a existência de aproximadamente 5,4 mil crianças ou adolescentes cadastrados aguardando adoção. Em contrapartida, há 30 mil pretendentes no Brasil, que, muitas vezes, não têm interesse em adotar as crianças disponíveis, entre outras razões por conta de idade ou pelo número de irmãos.
O conselheiro Guilherme Calmon celebrou a decisão.
— A adoção internacional é uma opção valiosa de recolocação familiar. Abre-se possibilidade interessante, segura e dentro da lei para se evitar que as crianças se perpetuem nos abrigos. A verdade é que, hoje, boa parte desses jovens completa 18 anos sem ter vivido essa experiência [familiar] fundamental.
Dentro da lei
Coordenador do Programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no CNJ, Calmon esclarece que os casos de adoção de crianças e jovens brasileiros por pessoas no exterior são excepcionais e não se confundem com os casos de adoção ilegal.
— São situações completamente diferentes. Quem vai cometer um crime não se utiliza dos meios tradicionais e seguros do Judiciário. É preciso separar o joio do trigo.
A adoção por estrangeiros pode vir a ser a última esperança para muitos jovens. O número de pretendentes cadastrados no CNA interessados em adotar crianças acima de 6 anos de idade, por exemplo, é de 4%. Esse percentual vai sendo reduzido com o aumento na idade da criança.
Atualmente, há 617 menores com 7 anos de idade aptos para adoção, mas somente 2% dos pretendentes brasileiros estão dispostos a construir uma família com crianças dessa idade. Para crianças de 8 anos (305 disponíveis), a chance é ainda menor: somente 1% dos pretendentes estariam dispostos; já crianças acima de 9 anos (universo de 600 jovens) não contam com o interesse de nenhum dos pretendentes.
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/estrangeiros-poderao-adotar-criancas-no-brasil-decide-cnj-25032014
4 Comentários
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Eu acho ótimo, pois é bem melhor que a criança seja adotada por uma família no estrangeiro, pois o tratamento no Brasil das criancas sem pais nao são nada nada bom, elas vivem um tremendo inferno vao viver na rua engravidam cedo sendo estrupadas e lesadas todos os dias sem falar no trabalho infantil isso voce ver todos os dias a olho nu nas ruas e todo mundo ingnora...é como eles nao fossem gente, entao com a adocao para os estrageiros pode sim a ajudar a evitar toda essa tragédia , que infelizmente parece nao incomodar muiito as auotoridades.....entao temos que apaelar mesmo para o 1. mundo pois lá nao existe criancas nas ruasssss. lógico que tem tem que pedir a Deus para esa criancas nao serem vitímas de malvadezas....mas mas do acontece no Brasil é impossivel....,pois só em uma pessoa querer adotar uma criança é sinal sim que são boas pessoassss claro que em toda a regra existe sim execao continuar lendo
Sei que isso já foi pensado, mas ainda me preocupo com a postura cultural do adotante. O que é normal ou aceitável no exterior pode ser algo que já abolimos de nossa cultura, como a pedofilia em todas as suas formas. Como ficarão as nossas crianças no exterior? continuar lendo
Nunca entendi a resistência em não permitir a adoção por órfãos ou abandonados brasileiros por casais estrangeiros. Brasileiro geralmente só quer adotar recém nascidos ou com no máximo 2 anos e que pareçam, nem que seja um pouco, com quem adota, para omitirem da criança o fato dela ser adotada. Não todos, mas a maioria.
Deixem nossos órfãos e abandonados virarem cidadãos do 1º mundo e esqueçam aquelas lendas de tráfico de órgãos e outras "baboseiras internetianas". continuar lendo
A intenção sei que é boa. Espero que dê certo. Porém, não gosto da ideia de "exportar" nossas crianças a fim de que elas assim possam ter lar e família. Sonho com o dia que o nosso país possa dá o tratamento adequado as nossas crianças e fazer valer o ECA.. Para mim, lugar de brasileiro é no Brasil! continuar lendo